Tem corredor que fica feliz por correr sempre no mesmo local ou que gosta de treinar em percursos já conhecidos, o que não é o meu caso. Eu adoooro treinar em locais diferentes, ser apresentada a percursos pouco utilizados, de inovar quando o quesito é treinar, correr e me divertir.
E foi exatamente assim meu domingo. Fui um pouco rebelde, pois deveria ter feito um teste de corrida de 30 minutos no plano, no fim de semana, mas optei por me divertir e lá fui eu encarar o convite do CorreBH para um treino coletivo no Belvedere, o primeiro de 2015. Metade do percurso seria subida e talvez chegasse a 8 km, ou seja, muito mais do que estou acostumada, já que venho correndo 5km, no máximo 6km.
Quem me conhece sabe que acordar cedo pra correr ou malhar não é o meu forte, até por isso já deixei de fazer muitas provas aos domingos porque, além de madrugar tenho que ficar em casa no sábado à noite. Mas neste domingo, às 6h da matina eu estava de pé, feliz da vida e animada com o treino coletivo. Só não vou mentir que não estava com sono, porque estava sim!
O encontro estava marcado na Lagoa Seca às 7h30 para sairmos às 8h. Aos poucos os corredores foram chegando. Cerca de 30 pessoas, eu não conhecia quase ninguém e só duas conheciam o percurso. Foi a desculpa perfeita para o Cassio Diniz, do CorreBH, não disparar na nossa frente e nos guiar durante todo o treino.
Comecei junto com o pessoal, todo mundo no mesmo “pelotão”. Até que chegou a tão falada subida do “Djalma”: a turma rápida foi subindo, subindo e eu ficando pra trás, sem o menor problema. Fui no meu ritmo e até achei que conseguiria subir tudo sem andar, mas não dei conta. Tive que dar uma andadinha porque as pernas já estavam reclamando e, em seguida, retomei o trote até terminar a ladeira. Parecia que faltava perna, mas tinha fôlego suficiente pra continuar.
Mais à frente uma subida menor e depois descida, com um visual lindo pra admirar. E se tem descida na ida, tem subida na volta! Eu já tinha feito o retorno em frente à Vale e estava terminando mais uma subida, mas correndo bem na manha até que surge o Luiz, que eu conheci neste momento do treino, perguntando se tinha alguém atrás de mim ou se eu era a última. Sim, eu era a última! Então o Luiz resolveu me fazer companhia. Foi perfeito porque ele tem um pace médio de 5′ e eu acabei me esforçando mais pra correr melhor ao lado dele. Só me esforcei, claro, o que me ajudou a sair da zona de conforto! Conversando e me divertindo fiz meus 7,11km em 50’20”!
Quem não corre não costuma entender o que motiva tantas pessoas a acordar cedo e sair correndo pelas ruas afora. Às vezes nem eu sei explicar, só sei que a sensação de prazer, de desafio e de superação adquiridas depois de uma corrida é uma das formas com a qual mais me realizo. Neste domingo, além de treinar e me divertir, tive a oportunidade de conhecer muita gente bacana que, como eu, também é apaixonada pela corrida. Não tem explicação, é pura alegria!
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