A Letícia Renna andou um pouquinho sumida do blog, mas aqui está ela no projeto Gravidez Saudável contando como foram as últimas semanas e o susto que ela passou.
“Passei as últimas semanas acumulando faltas às aulas de Pilates. Já aconteceu de acordar com uma dor forte na lombar e achar prudente não treinar. Vou ter que me consultar com uma fisioterapeuta indicada pela obstetra pra saber se é normal da gravidez ou se exige intervenção.
Já aconteceu de a greve dos rodoviários impedir a vinda da pessoa que me ajuda exatamente nos dias de aula. Sem ninguém pra cuidar da Clara, não pude ir.
Já aconteceu de levar bolo, mesmo. Sem greve, sem justificativa, sem um telefonema pra avisar da ausência. Liguei pra casa da minha mãe, que fica um pouco depois da academia. Cuidariam dela enquanto eu estivesse treinando. Coloquei Clara no carro e saí de casa esperançosa, afinal em 15 ou 20 minutos seria possível chegar. Mas levei 1 hora e 15 minutos pra conseguir passar em frente à academia! Viva o trânsito de BH.
Houve uma semana em que eu teria uma gravação depois do Pilates. Estava colocando a roupa de ginástica quando recebi uma ligação informando a necessidade de adiantar o horário das filmagens, que envolviam cerca de 15 pessoas que já haviam se reprogramado. Na saia justa, fui gravar.
Mas o maior percalço decorreu de uma queda que sofri. Sabem a tal alteração do centro de gravidade da gestante? Lá estava eu, andando devagar e me sentindo muito segura, quando me surpreendeu um degrauzinho ínfimo na garagem do prédio da minha irmã. Imaginem a cena: graciosa como jaca madura despencando do pé, fui ao chão. Catei uns cavaquinhos de nada e simplesmente despenquei. Ridiculamente, fui ao chão, de barriga. Sim, d-e-b-a-r-r-i-g-a! Putz!!!! Doeu. Meu marido, única testemunha ocular, foi quem me virou de barriga pra cima e me sentou. Eu não conseguia respirar, eu não conseguia falar, eu não conseguia me mover. Doía muito! Meu cunhado, que estava na janela quando entramos e não viu, mas ouviu a queda, desceu pra ajudar. Enquanto recobrava meu senso de realidade, lembrei-me do caso de uma amiga. Ela teve mais glamour, é verdade. Cenário: praça Sete. Horário: rush. Barrigão: 7 meses. Caiu de bruços, como eu, e a bebê não teve nada. Essa recordação me tranquilizou, e além disso pouco depois, sentada na sala e cercada de cuidados, senti a Ana se mexer normalmente. Já era tarde, estávamos lá pra buscar a Clara depois de irmos sozinhos a um aniversário. Resolvi ir pra casa dormir. Na manhã seguinte é que telefonei para o consultório. Orientação médica: se a bebê está se mexendo normalmente, tudo bem. Repouso pra suportar melhor as dores musculares e pronto. Ufa! Acontece que as tais dores ficaram bem mais fortes dois dias depois, principalmente na barriga. Achei estranho e resolvemos antecipar o ultrassom morfológico, pois pelo tempo de gestação já era possível fazer esse exame. Conseguimos alteração para que dia e que horário? Dia de Pilates, horário de Pilates! Priorizei o exame, que demonstrou estar tudo bem com a bebê e comigo. A dor era por causa da contração fortíssima que houve, involuntariamente, no momento da queda. Parecia que eu tinha feito milhares de abdominais. De certa forma, a musculatura tinha treinado forte, mesmo. Antes tivesse sido numa aula de Pilates!”
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