Na semana passada vocês viram que a Taís Lobato teve que interromper a malhação do Desafit60 por causa de dores na coluna. Para quem não se lembra, ela sofreu um acidente de carro aos 20 anos de idade e precisou colocar oito pinos na coluna. Se lerem o texto abaixo até o fim, vão ver que ela não foi muito responsável ao entrar de cabeça no programa sem antes voltar ao médico e ser liberada a se exercitar. Por isso, levou bons puxões de orelha!
“Algum tempo depois do acidente, eu, que já era gordinha, comecei a engordar mais ainda. A minha recuperação foi complicada por causa disso. O excesso de peso causou um desgaste na base da coluna. Naquela época, o meu médico disse que o desgaste associado aos pinos limitaria a minha vida. E ele falou três coisas que eu realmente não quis levar muito a sério. A primeira foi que ele não aconselhava que eu tivesse filhos, porque o peso de uma gravidez poderia ter consequências na coluna. Essa eu não levei a sério porque eu nunca tive vontade de ser mãe, então não mudou em nada a minha vida. Alguns amigos até ficaram preocupados porque eu ainda era nova e poderia mudar de ideia. Pois bem, já estou velha e não mudei! Então esta afirmação dele realmente não faz a mínima diferença para mim.
A segunda foi que eu só poderia fazer caminhada e exercícios físicos na água. E ele foi bem taxativo nesta afirmação. Na época, me lembro de perguntar se eu poderia fazer rapel (sempre tive vontade) e ele dizer que não. Isso foi a única coisa que me chateou, mas não demorei muito para superar isso também.
E, finalmente, a terceira coisa que ele falou era que eu precisava emagrecer, porque o meu excesso de peso poderia me deixar travada numa cama. Então, quando voltei nele algum tempo depois com a notícia de que iria fazer a cirurgia de redução de estômago, ele apoiou minha decisão (porque já tinha acompanhado minhas tentativas inúteis de emagrecimento por conta própria). Mas só retornei ao médico cerca de seis anos depois.
E, 14 anos depois do acidente, eu quis “testar” a teoria dele de exercício. E é aí que entram os meus erros! Em primeiro lugar eu deveria ter conversado com o médico antes do Desafit. Em segundo lugar, eu deveria ter avisado o Fernando Provete, educador físico do programa, sobre minhas limitações. E, além disso tudo, eu deveria ter pegado um pouco mais leve. Só que eu sou assim: eu acho que tudo é possível até que eu mesma me prove o contrário. E sou teimosa também! Eu estava me sentindo tão bem fazendo o Desafit que literalmente passei por cima dos “avisos” que a minha coluna estava me dando. E, quando a coisa ficou ruim para o meu lado e a dor na coluna, que tinha sumido há muitos anos, reapareceu de forma constante, tive que voltar lá e ouvir as mesmas coisas que ele já tinha falado anos atrás. Ele me explicou de novo que o meu caso não foi qualquer um, que ele já fez milhares de cirurgias de coluna e que, até hoje, o meu caso foi único. Que, pra eu ter uma ideia, um dos residentes (agora ortopedista, também) que acompanhou minha cirurgia (devia ter uns 30 residentes na sala de operação, com a minha autorização, é claro) tinha falado do meu caso com ele há pouco tempo, lembrando-se de como foi a cirurgia mais difícil que ele já tinha visto. Que ele estava feliz em ver que, desta vez, eu estava brigando para me exercitar, mas que DEFINITIVAMENTE eu só poderia fazer exercícios na água e caminhada, no máximo uma corrida com ritmo MUITO lento, apenas duas vezes por semana e que, mesmo assim, se a coluna voltasse a doer, era pra parar imediatamente. E me deu uma semana de molho. Sem caminhada, sem exercício, sem nada! Apenas fazendo as coisas normais do dia a dia.
Claro que o Fernando, a Luciana e a Bárbara me “xingaram” quando contei isso para eles! O Fernando mandou várias carinhas vermelhas no WhatsApp com a frase “Você devia ter me falado!”. E peço desculpas por não ter deixado isso claro desde o início. Mas eu realmente tinha que provar para mim mesma que se conseguiria ou não.
Então, a semana foi só de desafio nutricional… E, daqui pra frente, só caminhada e corrida bem lenta duas vezes por semana. Ah, mas fala sério! Estamos entrando na última semana do Desafit e minha coluna aguentou quase o programa todo! Fala que não foi legal?
E para fechar, o desafio nutricional foi desafiador para mim por causa de uma coisa: batata frita! Eu AMO batata frita! Ver batatas fritas e não colocá-las no prato foi doloroso! Mas só fui comer batata na sexta… e errei acertando! Ao invés de fritá-las, eu as assei no forno… mas aí a Bárbara me lembrou de que as batatas que você compra congeladas no supermercado são pré-fritas, então não deixou de ser fritura do mesmo jeito! Tá bom, Bárbara! Daqui para frente descasco, corto, pré-cozinho na água e asso as minhas próprias batatas!”
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