Era sábado, 9 de janeiro. Acordei às 2h30 da manhã para sair do hotel às 3h30 como havia combinado com um grupo de corredores. Fui atrás de mais uma medalha de meia maratona – a minha quinta de 21 km depois de provas em BH, SP, Rio e Brasília. Estava de férias em família, já tinha passeado por Las Vegas e combinamos de encontrar uns amigos em Orlando. Assim, consegui incluir essa corrida no meio da viagem. Melhor combinação não há! Viajar e correr. Duas paixões.
O fato da corrida da Disney ser às 5h30 da manhã foi inédito para mim, pois já acordei muitas vezes às 5h para provas e treinos longos aos sábados e domingos, mas por essa experiência de acordar às 2h30 para correr eu ainda não tinha passado. Imagina o desgaste físico de quem fez as quatro provas lá, em dias seguidos (5, 10, 21 e 42 km), e acordou todos os dias neste horário!
Então, no meu caso especificamente, foi difícil porque eu estava cansada de um final de ano de muitas provas (sem contar a maratona, em Paris, que fiz em abril de 2015). Senti o cansaço maior na Volta da Pampulha, em dezembro – ainda assim bati meu recorde em relação ao ano anterior – foi minha terceira Volta na nossa charmosa Lagoa de BH.
A prova: Half Marathon Disney
Cheguei ao local da Half Marathon Disney e fiquei impressionada com a organização. Muita gente, tudo grandioso e tudo funcionando perfeitamente. Tive ainda a oportunidade de ficar em uma tenda especial climatizada, por causa do frio, com banheiros, guarda-volumes à parte e café da manhã disponível. Depois da prova, também pude usufruir desse mesmo conforto com mais comida à disposição.
A corrida da Disney me impressionou, portanto, nessa parte da organização. Os currais de largadas são respeitados. Há uma verdadeira festa com fogos nas largadas de cada curral. E, durante a prova, há muitos pontos de hidratação com isotônico que eles nos entregam em mãos (separados em copos). É como se aquele mundo mágico nos abraçasse com todo o carinho e a alegria que ele mesmo nos proporciona.
Mas como faço em todas as provas, gosto de correr focada. Segui com minha música no ouvido, não parei em nenhum momento para tirar fotos (as que tentei tirar foram correndo mesmo e só uma ficou boa, mostrando a multidão no escuro e com neblina). Muitas pessoas se encantam com as luzes do castelo da princesa no Magic Kingdom, por exemplo, ou com os personagens no caminho e fazem até fila para os cliques.
Passamos por dentro de alguns parques do complexo Disney e na estrada também. A parte da estrada é a mais cansativa. Nos quilômetros finais, senti o cansaço mais forte e concluí a prova em 2h03, sendo que queria ter feito sub-2h como na meia do Rio, em julho de 2015, e na meia de Brasília, a Golden Four, em novembro, em Brasília. Mas o cansaço não deixou.
Continuei as férias, passeando e andando muito pelos parques e não sosseguei enquanto não voltei para a casa em BH e fiz todo meu planejamento de 2016: já estou inscrita para algumas provas até dezembro! Ou seja, meu ano praticamente já acabou!

Com os amigos da corrida. Entre eles, Marcelo Avelar com o troféu do Pato Donald, campeão brasileiro nos 5 km, 10 km e 21 km
Brincadeiras à parte, na verdade, agora é que ele começa pra valer! Voltei focada em cumprir meu maior objetivo de 2016: minha segunda Maratona, em Amsterdã, em outubro. Para isso, há todo um trabalho a ser feito adequadamente e com vários profissionais envolvidos. Saúde, alimentação, treinos, fortalecimento, fisioterapia…
Enfim, decidir correr 42 km para quem não foi preparada “biologicamente e fisicamente para isso” exige muitos cuidados. Já que não nascemos quenianos (rs), precisamos fazer mais esforço no sentido de ir em busca de todas as nossas deficiências para evoluir, sempre! E o mais importante: evitar as temidas lesões. Já trato sempre da minha banda iliotibial, pois ela “sofreu” na maratona em abril. Para nós, simples “mortais” do asfalto, que apenas corremos por superação pessoal ou terapia, todo cuidado é pouco!

Elissama com o filho Victor: família unida nas férias e na corrida
Agora é só seguir com todo esse planejamento minucioso para que novas medalhas venham enfeitar meu quadro.
E você, já fez o planejamento dos seus desafios para 2016?
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